Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Urbanismo e Defesa Civil

Prefeitura Municipal de Macuco

Secretário: Firmo Ferreira Daflon

 
 
 

 

Uma matéria veiculada no ano passado pela Rede Globo causou apreensão na população de Macuco. A notícia falava de uma pesquisa cujos resultados apontariam um aumento nos índices de poluição do ar, colocando o município na quarta posição entre os mais poluídos do Estado do Rio de Janeiro.

Preocupados com o impacto da notícia, intrigados com a veracidade dos números e dispostos a dar uma resposta à população, os poderes Executivo e Legislativo, por meio do prefeito Félix Lengruber e do presidente da Câmara, Frank Lengruber, se mobilizaram e acionaram o INEA (Instituto Estadual do Ambiente), responsável pelo monitoramento oficial dos índices em todo território fluminense.

Delicado e preocupante, o tema fez a Comissão de Meio Ambiente do Poder Legislativo convocar uma Audiência Pública para esclarecer os fatos, o que ocorreu em 14 de maio, reunindo autoridades, ativistas ambientais e populares. Entre debates e palestras na Câmara, os convidados expuseram seus pontos de vista.

A primeira a falar foi Evangelina Vormittag, do Instituto de Saúde e Sustentabilidade, autor da pesquisa que chegou aos telejornais. Se identificando como médica e exibindo gráficos, ela defendeu a entidade, afirmando que o intuito foi buscar melhorias para a qualidade do ar na região, já que a base científica da pesquisa encontrou índices acima dos valores aceitos pela OMS (Organização Mundial de Saúde), o que se refletiria também num aumento dos índices de mortalidade. "Esses números servem para pensarmos em soluções. Respirando mais poluição que o normal, a população corre o risco de contrair várias doenças", disse Evangelina.

Se contrapondo aos estudos do Instituto de Saúde e Sustentabilidade, Mariana Palagano, diretora de Qualidade do Ar do INEA, revelou que a instituição estadual atua de forma responsável e confiável no monitoramento dos índices de poluição. Segundo ela, são mais de 50 estações em todo estado, incluindo Macuco, e o trabalho recebe reconhecimento de organismos internacionais. Sobre o pólo cimenteiro, ela destacou que existem restrições rigorosas para a concessão da licença ambiental e se algo estivesse em desacordo com a legislação ambiental, medidas punitivas seriam adotadas. Ao final, Mariana tranquilizou os macuquenses, pois pelo monitoramento do INEA, os índices de poluição do ar são de baixo impacto e a qualidade pode ser classificada como boa. "O INEA não reconhece a posição de Macuco no quarto lugar entre os mais poluídos. Na realidade, a afirmação do instituto se baseia num monitoramento feito por uma unidade móvel, podendo haver uma interpretação equivocada", declarou Mariana.

O secretário de Meio Ambiente de Macuco, Edwand Júnior, questionou a metodologia e os resultados da pesquisa, afirmando que o próprio prefeito Félix Lengruber, como médico do trabalho atuante nas indústrias cimenteiras, se pronunciaria caso houvesse algo errado. Ele reforçou o fato de haver erros na contagem da população, em virtude da divisa territorial, o que implicaria em conclusões precipitadas na análise dos números. "No relatório do 'Saúde e Sustentabilidade' são detectados os problemas de poluição. Já pelo INEA, instituição bastante respeitada, não existe esses índices tão alarmantes", comentou Edwand.

O representante da Secretaria de Saúde e Combate às Drogas de Macuco, Marcelo Juliano, foi sucinto, mas objetivo. Exibindo dados colhidos entre 2009 e 2013 confirmou não existir qualquer alteração anormal, tampouco aumento significativo de mortes e doenças ocasionadas pela poluição em Macuco, se comparadas com relatórios da Secretaria de Estado de Saúde. "Esses dados foram repassados por autoridades competentes e experientes da área de saúde", colocou.

OPINIÕES QUE MARCARAM O EVENTO

"Nosso compromisso é informar os moradores sobre as reais condições da qualidade do ar em Macuco. Saio daqui com a sensação do dever cumprido, pois esta audiência foi esclarecedora e tranquilizadora". Frank Lengruber – Presidente da Câmara.

"Parabenizo o prefeito Félix, que acionou os órgãos competentes em busca de respostas. Existem distorções por conta da divisão territorial. Por isso, sugiro a realização de outro levantamento". Cássio Daflon – Presidente da Comissão de Meio Ambiente.

 "Seria de bom tom que o Instituto de Saúde e Sustentabilidade reconhecesse oficialmente que pode ter ocorrido erro, principalmente pela contagem equivocada da população residente em Macuco. Essa pesquisa prejudica os estudos dos impactos em saúde", Luiz Cláudio Gomes – Secretário de Desenvolvimento Social de Macuco.

"Os dados do INEA comprovam que não é ruim a qualidade do ar em Macuco, como alarmou o instituto. O que nos cabia como legisladores, nós fizemos: esclarecer as questões ouvindo todas as partes". Douglas Espíndola – Vereador.

"Como representante do prefeito, ausente por estar em Brasília, acho que acertamos ao recorrer ao órgão estadual, já que recebemos estudos capazes de acalmar a população". Wildimar Faria – Secretário Geral de Governo.

"Por tudo que acompanhamos na qualidade de profissionais da saúde, não podemos aceitar esse quarto lugar atribuído a Macuco". Rodrigo Romito – Secretário de Saúde. 

Por: ASCOM Macuco