Na última sexta-feira a Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Macuco, em parceria com o INEA (Instituto Estadual do Meio Ambiente) realizou na Câmara Municipal de Vereadores, uma Consulta Pública para criação da primeira Unidade de Conservação de Macuco, que terá como objetivo a reinserção do Pássaro Macuco na região. Estiveram presentes ao evento o Secretário Municipal de Meio Ambiente Edwand Junior; a representante do INEA Renata Lopez; o Chefe do Setor de Conservação e manutenção de Trevos e Praças, Sávio Pinheiro; Secretários Municipais e produtores rurais.
A consulta foi aberta por Renata Lopez que falou sobre a Lei Federal 9.985 – que estabelece critérios e normas para a criação, implantação e gestão de Unidades de Conservação. Segundo ela, a criação da Unidade de Conservação está baseada em casos cujos recursos ambientais sejam de tal modo importantes, e que precisam ser conservados. “A Unidade é legalmente criada pelo Poder Público e com limites definidos; além de amparada por leis e instrumentos adequados a sua proteção. No caso de Macuco, o objetivo da categoria em que se enquadra o projeto – Refúgio da Vida Selvagem – tem como objetivo proteger ambientes naturais onde se asseguram condições para a existência ou reprodução de espécies ou comunidades da flora local e da fauna residente ou migratória” , explicou.
Segundo o Secretário Municipal de Meio Ambiente Edwand Junior, o local foi escolhido por trata-se de um conjunto de elevações com vértices que forma muma bacia de contribuição para o Rio Ribeirão Dourado. Estes vértices direcionam as águas da chuva no período de cheia econduzem as águas das nascentes no decorrer do ano. Além disso, segundo ele, é ainda uma das poucas áreas em Macuco com potencial natural para a formação de uma Unidade de Conservação para o Refugio da
Vida Silvestre. O local também abriga belíssimas fazendas históricas do século XIX, o que poderá incrementar o turismo local.
Ainda segundo o Secretário, serão inúmeros benefícios para o município, já que a Lei do ICMS Verde está provocando uma revolução ecológica nos municípios fluminenses. “As prefeituras que investem na preservação ambiental contam com maior repasse do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).Criada em 2007, pela Lei Estadual nº 5.100, a iniciativa tem dois objetivos principais: ressarcir os municípios pela restrição ao uso de seu território e mananciais de abastecimento e também recompensar os municípios pelos investimentos ambientais realizados, uma vez que os benefícios são compartilhados por todos os vizinhos, como no caso do tratamento do esgoto e na correta destinação de seus resíduos.
Edwand lembrou ainda que o ICMS Verde é composto pelos seguintes critérios: 45% para unidades de conservação; 30% para qualidade da água e 25% para gestão dos resíduos sólidos.
Para os proprietários de terras que serão englobadas na Unidade de Conservação, foi lembrado um aspecto importante: a isenção do Imposto Territorial Rural nas unidades de Conservação, o que isenta de tributação e pagamento do imposto as áreas dos imóveis rurais consideradas de preservação permanente e de reserva legal, previstas na Lei dePolítica Agrícola, Lei nº 8.171/91.
Encerrando a reunião foram divulgados os índices de repasse acordados entre e Secretária de Meio Ambiente Urbanismo eDefesa Civil e o Prefeito de Macuco Felix Lengruber, que ficou em 20% do ICMS verde ecológico conquistado com asUnidades de Conservação Municipal para serem aplicados diretamente na Unidade de Conservação e redondezas.