Encontro aconteceu no Auditório da Cooperativa de Macuco
Ela geralmente é silenciosa, comumente hereditária, pode redundar em sensações muito dolorosas e até desencadear algum tipo de incapacidade. Visando desvendar alguns mistérios que envolvem a ‘Doença Falciforme’ visando capacitar profissionais de saúde e orientar pacientes e população, a Secretaria de Saúde de Macuco desenvolveu o tema tratando essa patologia de maneira simples e objetiva.
Tendo como palestrantes o farmacêutico Paulo Henrique Cordeiro e a enfermeira e subsecretária de Saúde de Macuco Marlise Quintana, ficou claro se tratar de uma doença genética caracterizada pela alteração dos glóbulos vermelhos do sangue, as hemácias, que são células de formato arredondado, mas que em pacientes com a Doença Falciforme, em condições adversas como frio, desidratação e estresse, pode assumir a forma de ‘foice’, dificulta a circulação sanguínea e a chegada do oxigênio aos tecidos, desencadeando uma série de sinais e sintomas como dor crônica, infecções e icterícia.
Por ser de origem africana, a doença falciforme é mais prevalente (mas não exclusiva) em pretos e pardos (negros), sendo de alta relevância epidemiológica. No Brasil estima-se que existam cerca de 60 mil pessoas com Doença Falciforme. As manifestações clínicas da doença ocorrem a partir do primeiro ano e estendem-se por toda a vida. Apesar de particularidades que as distinguem e de graus variados de gravidade, as diferentes formas da doença falciforme caracterizam-se por complicações que podem afetar quase todos os órgãos e sistemas, com expressiva morbidade, redução da capacidade de trabalho e da expectativa de vida. Dessa forma.
A pessoa com Doença Falciforme necessita de identificação e acompanhamento multidisciplinar e multiprofissional precoce para que tenham qualidade de vida. Em 2005 foi instituída, a Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doença Falciforme (PNAIPDF), por meio da Portaria GM/MS n° 1.391/2005. Seu objetivo é mudar a história natural da doença falciforme no Brasil, reduzindo as taxas de morbidade e mortalidade, promovendo informações sobre o assunto.
Texto: Ricardo Vieira
Fotos: Divulgação