Instituição comemora Dia Nacional da Luta Antimanicomial
Quem atua profissionalmente na área de saúde e mantém o foco voltado aos cuidados extremos para garantir o bem-estar mental teve motivos de sobra para celebrar intensamente a última quinta-feira, 18 de maio, que marca o Dia Nacional da Luta Antimanicomial, uma data fundamental que nos remete ao início do Movimento da Reforma Psiquiátrica, que culminou com o fechamento gradual dos manicômios.
Um dos segredos do sucesso desse trabalho tão elogiável do CAPS/Macuco é a capacidade de agregar que a instituição oferece
Com a criação dos CAPS (Centros de Atenção Psicossocial), fazendo com que os tratamentos avançassem significativamente e priorizassem projetos e ações interligados à cultura, às variadas formas de arte, ao esporte e ao lazer, ultimamente tudo isso tem funcionado como importantes e indispensáveis recursos voltados à manutenção da qualidade de vida daqueles que necessitam de auxílio, porque, além de resgatar a dignidade dos pacientes, restabelece a segurança e tranquilidade das famílias.
Os profissionais do CAPS/Macuco prepararam uma ação especial para marcar a data comemorada em nível nacional
Segundo Lívia Nery, coordenadora do CAPS/Macuco, a data é caracterizada pela defesa dos direitos dessas pessoas com sofrimento mental, pois o movimento relembra que elas, a exemplo de todos os cidadãos, precisam ter respeitados seus direitos fundamentais, como a liberdade de viver em sociedade, além de receberem tratamentos igualitários de saúde. “Trata-se de uma data cujo marco estabelece a responsabilidade do estado no desenvolvimento das políticas de saúde mental no país através do fechamento dos hospitais psiquiátricos”, explica a coordenadora.
Ao resgatar a dignidade daqueles que precisam de constante atenção psicossocial, o CAPS/Macuco tem feito a diferença na vida das famílias macuquenses
Excluído esse ambiente nada favorável dos outrora denominados manicômios, os pacientes passam a ser desinstitucionalizados, abrindo espaço para os bem-vindos dispositivos intitulados centros de atenção psicossocial, como ocorre em Macuco, auxiliando no atendimento deles e das famílias para inseri-los em sociedade. Para celebrar isso, nada melhor que um encontro em praça pública numa data tão simbólica, quando foram exibidos, na praça próxima à sede do Poder Legislativo de Macuco, os excelentes resultados práticos desse trabalho tão eficaz e indispensável.
Nada substitui o orgulho de poder expor os mais diversificados trabalhos artesanais, fruto de suas próprias criações
Consideradas verdadeiras personalidades pelos pacientes e suas famílias, os profissionais do CAPS/Macuco merecem homenagens e reverências pelo comprometimento com a qualidade de vida. Além da coordenadora Livia Nery, atuam na instituição Fernanda Miliosse, assistente social; Paulo Rogério Badini, psicólogo; Cleuma Cabral, professora de artesanato; Anderson Domingos, professor de dança; Simone Zaniboni, professora de horta e jardinagem; Simone Falcão, técnica de enfermagem; Nilza Joi, responsável pela higienização do ambiente; Juliana Carvalho, cozinheira; Simone Bianchini, assistente administrativa; e Viviane Tostes, artesã.
A qualidade dos trabalhos idealizados pelos frequentadores do CAPS/Macuco fala por si quanto à excelência dos atendimentos psicossociais
Cleuma Cabral, professora de artesanato, e Fernanda Miliosse, assistente social, são integrantes da equipe CRAS/Macuco
Semblantes serenos e sorridentes de quem sabe que está recebendo elogios pela forma concreta com que se entregam às atividades propostas pela entidade
Texto: Ricardo Vieira
Fotos: Rodrigo Cuco