Nesta segunda-feira, 29, foi lembrado o Dia Nacional de Combate ao Fumo, instituído em 1986 pela Lei 7.488, criada para conscientizar a população sobre os riscos decorrentes do uso do cigarro. Pesquisas comprovam que o cigarro pode causar mais de 50 doenças e largar o vício pode ser uma tarefa bastante árdua. Muitas vezes, após abandonar o cigarro, ex-fumantes têm problemas de saúde com graves complicações.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o tabagismo é a principal causa de morte evitável no planeta, sendo considerado um problema de saúde pública. Estima-se que cerca de 200 mil pessoas morram todos os anos no Brasil em decorrência do fumo. Esse valor salta para cerca de 4,9 milhões em perspectiva mundial.
Com apoio da Secretaria de Saúde, em Macuco o Programa de Combate ao Tabagismo funciona plenamente, de segunda à sexta, a partir das 13h, na Unidade de Saúde na entrada do bairro Barreira. Palestras e outras atividades são desenvolvidas sob comando do coordenador do programa, Marcelo Romeiro Juliano, que também orienta sua equipe na distribuição de adesivos e medicamentos.
Marcelo diz que entre os problemas de saúde ocasionados pelo vício do cigarro estão infarto do miocárdio, enfisema pulmonar, derrame, câncer de pulmão, traqueia, laringe e brônquio, impotência sexual no homem, infertilidade da mulher, hipertensão e diabetes. "Estima-se que 90% das pessoas que desenvolvem câncer de pulmão apresentem como fator responsável o fumo, sendo que as chances de cura para essa doença são bastante baixas. Por isso estimulamos os macuquenses a pararem de fumar, tarefa difícil, que envolve motivação e às vezes é preciso ajuda médica e psicológica", diz ele.
Somente na fumaça do cigarro são encontrados mais de 4.700 substâncias tóxicas, algumas cancerígenas. O alcatrão e a nicotina são exemplos dessas substâncias maléficas ao organismo. Essa última age como estimulante do sistema nervoso central, eleva a pressão sanguínea, a frequência cardíaca, diminui o apetite e desencadeia náusea e vômito. Já o alcatrão está ligado a doenças cardiovasculares e câncer, entre outras.
"Quem não fuma diretamente também corre perigo. São os chamados fumantes passivos, pois não mantêm contato com o tabaco, mas estão perto de quem mantém, aumentando o risco de desenvolver câncer de pulmão, doenças cardiovasculares e respiratórias, como a asma e pneumonia. Bebês de mães fumantes também podem nascer prematuramente ou então apresentarem baixo peso após o nascimento. Mas há uma boa notícia, pois após o uso do cigarro ser interrompido, o corpo se recupera dos danos causados pelo fumo e os prejuízos podem ser remediados", explica Marcelo.
Por: Ricardo Vieira
ASCOM Macuco